sábado, 15 de maio de 2010

Virada Cultural III (Ou: A new hope)

OK. Então, ano passado minha virada cultural foi um desastre. Ok. Acontece. Mas eu NÃO me deixo derrotar! ESTE ANO estou indo novamente. E quero ser MICO DE CIRCO se não conseguir ver a apresentação da CARMINA BURANA na Estação da Luz.
O resto? Improviso...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Retorno eterno

"ESSE cativeiro é ADORÁVEL"
Com essas palavras eu encerrei um post de novembro, que fora um outro post em janeiro, inspirado pelo terror causado pela tenebrosidade palpável do Celtic Frost, foi minha última manifestação neste blog.
Uma preciosa lição foi aprendida nesse tempo: NENHUM cativeiro, sem exceções, pode ser considerado "adorável"; pois ao fazê-lo, abrimos mão de nossa capacidade de juízo, de escolha. E ao nos tornarmos dependentes do suposto "cativeiro adorável", perdemos o prazer pela liberdade. E então, quando na condição de cativos, recebemos, sem pedir, a liberdade de volta, ela torna-se uma experiência traumática.
A liberdade deve ser amada. Não uma gaiola dourada cravejada de cristais e safiras, com fontes inesgotáveis de mel.
É bom estar de volta.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Celtic Frost - As Evil as Ever


Ouvindo Synagoga Satanae, do Celtic Frost, a lâmpada que fica bem acima da minha cabeça queimou. Ok, ISSO foi terror.
(Na imagem ao lado: O trio terrível apagando a minha lâmpada que estava incomodando as trevas deles).

Long time no see...


Faz tempo que não passo por aqui... Realmente, TEMPO LIVRE para escrever tem estado cada vez mais escasso. Mas por um bom motivo! FINALMENTE eu encontrei a mulher para a minha vida. E basicamente, cada momento livre que eu possuo não é tão livre, mas é dela. E querem saber? ESSE cativeiro é ADORÁVEL!

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Luis Fernando Veríssimo - Solidão

Olá, meus poucos e (cada vez mais)queridos leitores. Já faz um bom tempo desde a última postagem, não? Pois é... Fui e voltei de viagem e nem escrevi nada. Tenho MUUUUUUUUUUUITO ainda para escrever a respeito dessas férias. Prometo que o farei em breve, mas não AGORA. O post de agora será diferente. Lembram quando postei um conto de humor/ficção científica de Luis Fernando Veríssimo? Pois é... Aqui está mais um conto DO MESMO LIVRO, chamado "Solidão". Espero que gostem, e PROMETO que o próximo post será sobre as férias (curiosidade mata, né?)!

Solidão - Luis Fernando Veríssimo

Finalmente liberadas as gravações que a NASA fez das experiências realizadas com o tenente da Marinha John Smith para testar o comportamento humano em condições de completo isolamento durante longos períodos de tempo, iguais ao que o homem terá que enfrentar na exploração do espaço. O tenente Smith foi escolhido pelas suas perfeitas condições físicas e mentais. Foi colocado dentro de um simulador de vôo com comida bastante para dois anos e os instrumentos que normalmente levaria numa missão, inclusive um computador. Todos os dias Smith teria que fazer um relatório verbal para que seu estado fosse avaliado. O que segue são trechos das gravações feitas dos seus relatórios.
Primeiro dia. “Meu nome é John Smith. Estou ótimo. Passei todo o dia me familiarizando com este meu pequeno lar. Já desafiei o computador para uma partida de xadrez. Acho que nos daremos muito bem. (Risadas.) Só tenho uma queixa: esta comida em bisnagas não se parece nada com a comida de mamãe... (Risadas.) Dois mais dois são quatro. Encerro”.
Uma semana depois. “John Smith aqui. Continuo muito bem. Ainda não consegui vencer nenhuma partida de xadrez deste computador. Acho que ele está trapaceando. (Risadas.) Três vezes três é nove. Encerro”.
Um mês depois. “(Risadas.) Meu nome é John maldito Smith. Tudo bem. Um pouco entediado, mas tudo bem. Consegui finalmente ganhar uma do computador, embora ele negue. Vou ter que derrotá-lo de novo para convencer este cretino. Calculei mal e já comi todas as bisnagas de torta de maçã. Agora só tem maldito limão. Dois vezes três são, deixa ver. Seis. Quer dizer... Não. Está certo. Seis. Encerro”.
Dois meses depois. “Vocês sabem quem eu sou. John qualquer coisa. Não agüento mais a arrogância deste computador. Ele não é humano! Insiste que me deu xeque-mates inexistentes e se recusa a admitir que está errado. Tivemos uma briga feia hoje. Dois mais dois são... sei lá. Encerro”.
Quatro meses. “Alô. Tenho provas irrefutáveis de que o computador está tentando boicotar esta missão! Ouvi claramente ele dizer alguma coisa desagradável sobre mamãe. Canta Strangers in the Night em falsete e não me deixa dormir. Não me responsabilizo pelo que possa acontecer. Estou muito bem, lúcido e bem disposto. Com licença que estão batendo na porta”.
Sexto mês. “Meu nome é Smith. Maggie Smith. Por hoje é só”.
Oitavo mês. “(Risadas)”
Nono mês. “Smith aqui. Aconteceu o inevitável. Matei o computador. Estávamos com um problema, onde colocar as bisnagas vazias, e ele fez uma sugestão deselegante. Agora está morto. Não tenho remorsos. Ontem recebi a visita de um vendedor de enciclopédias. Não sei como ele conseguiu entrar aqui. Dois mais dois geralmente é nove. Encerro”.
Décimo mês. “Meu nome é Brown ou Taylor. Um mais um é umum. Dois mais dois, não. Iniciei um projeto importantíssimo. Com as bisnagas vazias e partes do computador, estou construindo uma mulher”.
Um ano. “Redford aqui. Sinto falta de um espelho para poder ver a minha barba, que está bem comprida. A mulher que fiz de bisnagas vazias e partes do falecido computador ficou ótima mas, infelizmente, nossos gênios não combinavam. Ela foi para casa de seus pais. Dois mais dois...”
Décimo-quarto mês. “Minha barba está tentando boicotar a missão! Faz um estranho barulho eletrônico e várias vezes já tentou me estrangular. Deve ser comunista. Começaram a chegar as enciclopédias que comprei. Tenho jogado xadrez comigo mesmo e ganho sempre”.
Décimo-quinto mês. “Aqui fala Zaratustra. Atenção. Encontrei pegadas humanas dentro da cabine. Estou investigando. Mandarei um relatório depois. Duas vezes três é demais. Encerro”.
No dia seguinte. “Grande notícia. Há outro ser humano dentro da cabine! Seu nome é Smith, John Smith, mas como o encontrei numa terça-feira o chamarei de “Quinta”. Ele não fala, mas joga xadrez como um mestre. (Risadas). Talvez tenha que matá-lo”.
Neste ponto, os cientistas da NASA acharam melhor abrir a cápsula. Encontraram Smith com as mãos em volta do próprio pescoço gritando: “Trapaceiro! Trapaceiro!”

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Minha viagem a Ouro Preto



























E aqui estamos nós. Depois de um prolongado período sem posts, este aqui é sobre a minha viagem a Ouro Preto/MG, para um congresso de tradução. Estou duplamente empolgado. Em primeiro lugar, por ser a primeira vez que consigo ir a um congresso desses, e em segundo lugar, por Ouro Preto ser um lugar que pode ser classificado como ALÉM de lindo. De fato, enquanto estou escrevendo estas linhas, faz pouco mais de uma hora que estou na cidade, e para qualquer lado que eu olhe fica EVIDENTE que o movimento poético do arcadismo tinha condições ideais para florescer aqui. Confesso que estou mesmo meio sem palavras. A beleza por aqui é toda meio épica, então vou deixar algumas fotos que eu tirei ja na pousada, que nem é a parte MAIS "epica" da paisagem! Rs!
Diagramação tosca by Heder feat. Blogger.com!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Blind with weeping

Minha cachorra mais velha, Catita, morreu hoje, com 14 anos.
É algo natural, era uma cachorra bem velhinha, e como todo ser vivo, chegou o momento dela.
Fico triste por ela ter partido, não tenho como negar, e mesmo que pudesse seria o maior dos hipócritas.
Mas, por outro lado, lembro-me do que me deixava feliz nela.
Fico feliz de ter tido uma cachorra com pelo tão bonito que PESSOAS diziam que gostariam de ter o cabelo daquele jeito.
Fico feliz de ter tido uma cachorra tão disciplinada que se você a deixasse em frente a um prato de comida ela nem ENCOSTARIA nele se você não autorizasse.
Fico feliz de ter tido uma cachorra que quando era um filhotinho minúsculo nao tinha medo de sair correndo rosnando e latindo atrás de mim e de minha irmã.
Enfim, fico feliz de ter passado meu tempo com essa cachorra e feliz por ter tido uma cachorra de apartamento que soube ensinar-me novamente o que era amar os animais.

Mas isso não evita que eu sinta sua falta.

domingo, 5 de julho de 2009