No sonho desta noite eu estava em uma estação de metrô (parecia a Santa Cecília) aguardando o metrô e conversando com alguém. Em algum momento meu interlocutor me dava uma garrafa de alguma coisa para beber, e quando eu ia tomar ele me interrompia para dizer alguma obviedade do tipo "tem que segurar a garrafa assim, não assado", e eu perdia a paciência, como se já fosse a milionésima vez que ele me interrompesse para adicionar informação essencialmente nula, como que para dizer "olha como EU sei" e "olha como você depende da MINHA genialidade para fazer as coisas mais simples".
Com minha irritação comecei a fazer movimentos expansivos e espalhar o conteúdo da garrafa pra todo lado enquanto retrucava dizendo ao interlocutor o quanto era insuportável conversar com ele com esse tipo de argumento. E nisso, o foco narrativo da câmera mudou.
A câmera foca em um grupo de seguranças do metrô descendo a escadaria (agora tenho certeza que a estação era a Santa Cecília), passando por nós e indo para o fundo da estação. Eles começam a conversar amenidades e então chega um metrô na plataforma do lado oposto e vemos um monte de gente descendo dos vagões, estilo torcida em dia de jogo de futebol. Um dos guardas (aparentemente o novato da turma) faz menção de ir às catracas ajudar a fazer a segurança do embarque e desembarque, tendo como resposta do aparentemente mais experiente do grupo uma mão no ombro e o comentário: "relaxa, é só o pessoal da Letras chegando..."
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
sábado, 4 de julho de 2015
Resenha - Sete Chaves do Caveira
Olá, pessoal! Surpresa, voltei com menos de seis meses desde o post anterior! Faz tempo que estou para escrever sobre este livro, de um dos meus autores nacionais favoritos na atualidade. Trata-se de Sete Chaves do Caveira, do gaúcho Luiz Hasse. Já estava familiarizado com o trabalho do autor com contos (como os que ele publica em sua fanpage no Facebook) e principalmente na temática de fantasia medieval (como o romance O Cavaleiro Feérico, que já resenhei para o Gambiarra Blog). E o que ele nos traz aqui? Trata-se de uma antologia de sete contos sobre O Caveira, um herói que adota características de vários tipos e as mescla num todo único. A narrativa segue essa mesma tendência de adotar várias vertentes e condensá-las em algo próprio e inesperado. Trata-se de um jovem que após o despertar de estranhos dons mediúnicos é treinado nas artes secretas do assassinato por um mestre há muito falecido, passando a vagar pela noite como uma sombra vingadora que busca reparar os males feitos àqueles que morreram sob condições de extrema violência.A narrativa deliberadamente deixa muita coisa ambígua com relação aos poderes, habilidades e modus operandi do vindicador dos mortos; fica a cargo de cada leitor decidir o que são seus poderes. Magia? Controle da mente? Um intenso condicionamento físico? Noção bem clara de por onde e como se mover? Um pouco de cada? Essas incertezas apenas adicionam ao clima algo noir dos sete contos. E assim, temos aqui um misto de literatura policial, super-herói, sobrenatural, artes marciais... Cada um dos elementos transparecendo intensa pesquisa sobre os temas abordados, sem jamais soar pedante, mas sim usando a riqueza de detalhes em favor da narrativa.
O livro é curto, de escrita bem clara, com personagens bem definidos e se deixa ler bem facilmente. Recomendo fortemente para quem quer que curta algum dos gêneros mencionados. E depois que terminar de ler, se gostar, já fica a dica: o autor está prestes a lançar o segundo livro do personagem, A Sombra do Caveira. E como já tive a oportunidade de dar uma olhada em parte do texto, posso dizer sem medo de errar: é um passo adiante no crescendo de emoções e tensões desenvolvidas neste primeiro volume.
Livro: Sete Chaves do Caveira
Autor: Luiz Hasse
Editora: Multifoco
Páginas: 137
Ano: 2014
terça-feira, 23 de junho de 2015
Devaneio MCXVIII
Em um sonho, eu não via nada.
Apenas me sentia bem, em ótima companhia.
Sentia um corpo macio, quente e perfumado,
em um abraço carinhoso junto ao meu.
E então uma voz dizia "que bom que ainda podemos ficar aqui
mais cinco minutinhos"...
E então o despertador tocava.
Vamos aproveitar nossos cinco minutinhos.
Antes que o despertador toque.
Apenas me sentia bem, em ótima companhia.
Sentia um corpo macio, quente e perfumado,
em um abraço carinhoso junto ao meu.
E então uma voz dizia "que bom que ainda podemos ficar aqui
mais cinco minutinhos"...
E então o despertador tocava.
Vamos aproveitar nossos cinco minutinhos.
Antes que o despertador toque.
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