No meu sonho, eu estava em Salvador. Eu sabia que era Salvador daquele jeito como nos sonhos simplesmente sabemos das coisas. Mas não era a Salvador verdadeira, era uma que só existe nos sonhos, mesmo.
Eu estava em frente a um teatro enorme, em estilo neoclássico, semelhante ao Municipal, de São Paulo, porém com decoração menos rebuscada. Esse teatro estava interditado, com suas grandes portas de madeira trancadas. Eu e a moça que estava comigo (ninguém que eu reconheça do mundo desperto) chegávamos ao teatro e ficávamos lamentando ter viajado tanto para não conseguir ver nenhum espetáculo nele.
Porém, além do prédio principal do teatro, havia um enorme tablado a céu aberto, decorado com colunas em estilo neoclássico, com vários alçapões e vista imediatamente de frente ao mar. E lá estavam sendo realizados os espetáculos. Enquanto lamentávamos o teatro fechado, ouvimos um conjunto de vozes recitando algo em uníssono, e, ao nos virar, vimos um grupo de 10 pessoas com longos mantos e capuzes negros,com os rostos escondidos pela máscara da tragédia.
Então nos sentamos na areia e assistimos, maravilhados. E ainda era só um ensaio...