sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Epitáfio da perfeição

E eis que aqui jaz, lamentando sua falibilidade, o humano.
Ah, humano, se pudesses voltar.
Terias percebido, humano? Terias percebido o quão vã é a infalibilidade?
Ah, humano, quisera que pudesses enxergar.
Tu, ó passante, que aqui vês este monolito erguido, não em memória ao humano, mas àquilo que morreu no humano, atentai:

Não busque perfeição, não busque infalibilidade!
Mortas estão ambas, e apenas seus fantasmas assombram o mundo dos vivos.
Não ouça o canto de sereia de promessas de perfeição, ó passante!
Não queira ter o fim do humano que aqui jaz, sepultado por um fantasma;
Não queira o fim do humano que ao buscar ser como um fantasma teve como opção somente tornar-se um deles

Eis que ISTO é a vida: Somos falíveis!
Não busque jamais a infalibilidade, antes aceite sua imperfeição, e nela encontre a força.
Lembra disso, ó passante, e leva a teu povo: A infalibilidade está na inatividade e a inatividade é a morte! Nós que vivos estamos, devemos falhar e aprender com nossas falhas.

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